Professor mais antigo da UEM é lembrado em comemorações de Maringá

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Por Murilo Gatti

Professor mais antigo em atividade na Universidade Estadual de Maringá (UEM), o sergipano Nehemias Curvelo Pereira chegou à cidade em abril de 1972.

Tinha concluído o curso de Química Industrial na Universidade Federal de Sergipe e acabara de terminar o mestrado em Engenharia Química na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

"Até então, só tinha ouvido o nome ‘Maringá’ pela música que eventualmente tocava em algumas emissoras de rádio", lembra.

Pereira veio a convite do professor Reinaldo Spitzner, da Federal do Paraná. Spitzner havia ido ao Rio convidar os futuros mestres para trabalhar no recém criado curso de Engenharia Química da UEM.

"Quando cheguei, havia seis professores com o título de Mestre dos setenta docentes que tinham sido contratados para todos os cursos abertos pela instituição naquele ano", conta.

Dois anos mais tarde, em 1974, Pereira convenceu a noiva, médica recém formada, a casar e vir com ele a Maringá. A ginecologista e obstetra Ilma Donald Pereira abriu o primeiro consultório na cidade em 75, e continua na ativa.

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Recordista - Nehemias Pereira chegou em

1972. É um dos doutores da Química e

professor mais antigo da UEM em atividade 

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Prestação de serviço - O Lepac da UEM faz

exames para confirmar casos de dengue.

Auxílio aos 30 municípios da Amusep

"Aqui era um eldorado. Quem chegou naquela época teve a oportunidade de participar do crescimento da cidade, que ainda tem ares de eldorado e muitos nichos a explorar", avalia.

Enquanto isso, na UEM, o professor lembra que não existia nada no local onde hoje está o campus. Os cursos eram na Rua Vaz Caminha, onde fica agora o Instituto Estadual de Educação. No final dos anos 70, Pereira ficou afastado da UEM para fazer doutorado. Voltou em 1980 e se tornou um dos primeiros professores doutores da instituição.

Cabeças pensantes

Pereira diz que o apoio da UEM para a formação dos docentes ajudou a transformar a UEM e também a cidade.

"A universidade investiu muito nas cabeças. Na década de 80, chegamos a ter 30% do corpo docente afastado para fazer cursos de doutorado. É o que garante uma melhor qualidade de ensino e uma maior produção científica, que também garante mais dinheiro", considera.

Pereira não sabe dizer exatamente o que motivou a criação de um curso de Engenharia Química em Maringá, mas relata que a pesquisa desenvolvida dentro do departamento trouxe e ainda traz ganhos imensuráveis para o desenvolvimento regional.

Desde a década de 80, quando ainda se falava no Pró-álcool, o professor doutor participou de importantes pesquisas para o desenvolvimento do combustível, chamado atualmente de etanol.

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Segundo Pereira, foi dentro da Engenharia Química da UEM que se desenvolveram as primeiras pesquisas com a stévia e que a Lowçúcar também nasceu ali nos laboratórios da universidade.

O professor conta com orgulho que os doutores do departamento prestam consultoria para dezenas de empresas na região e que também desenvolvem estudos para grandes empresas brasileiras, como a Petrobras.

O professor participa ativamente da Incubadora Tecnológica da UEM, voltada principalmente a desenvolver grandes projetos para o futuro. "Tenho um aluno, por exemplo, que desenvolveu um software para as indústrias de álcool. É um projeto fantástico", diz.

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