Não deixe que o coronavírus afete sua saúde mental

"Evite ser refém de bombardeiro de informações", aconselha Raymundo Lima (Professor do DFE-UEM e membro da BFC – Centro de Psicanálise, de Curitiba).

Imagem: reprodução da internet.

Contribuição do professor Raymundo de Lima. 

Epidemias e pandemias têm o poder de causar em algumas pessoas transtornos psíquicos: ansiedade/ angústia, busca compulsiva de informação, ataques de pânico, depressão, agitação psicomotora (movimentos indesejados devido ao estresse), distúrbios psicossomáticos (estômago e intestino), delírio, questionamento ou ruminações sobre o sentido da vida. Há aqueles que procuram culpados, xingam, infernizam as redes sociais, atrapalham as regras de civilidade e de sobrevivência psicossocial. Por outro lado, ainda bem que existem pessoas solidárias, generosas, empáticas, equilibradas.  Há, ainda, aqueles que não suportam o confinamento, ou se desesperam (falta de esperança), que pode levar algumas pessoas ao suicídio.

O medo, a frustração e ansiedade ocasionados pela possibilidade (potencial) de se contrair a doença, tirando-os assim de suas atividades rotineiras e também podendo até deixá-los isolados de suas famílias, são as principais apreensões que povoam a mente dos colaboradores da saúde ao estarem diante de uma situação de cuidado de um infectado.

Além da sensação de impotência diante de um possível fracasso no trato e manejo do doente. “Seja empático com todos aqueles que são afetados, dentro e provenientes de qualquer país”, destaca a OMS, alertando contra o estigma em relação a quem tem ou teve o vírus.

Saiba se distanciar das informações tóxicas. "Tente se acostumar a não saber todos os detalhes e se sentir bem com a incerteza", diz Lynn Bufka, diretora de pesquisa e diretrizes na Associação Americana de Psicologia. Ela recomenda deixar o celular longe para não ficar tentado a checá-lo o tempo todo. E, claro, consulte apenas fontes confiáveis para não cair em fake news. Encontre algumas fontes que você confia e mantenha-se a elas. 

 

Sentiu que os sites e jornais estão te deixando ansioso? Tente se informar em momentos específicos, de uma a duas vezes ao longo do dia e foque naquilo que ajudará a tomar atitudes práticas para prevenção. 

Os transtornos psíquicos das epidemias podem atingir todos, inclusive os cuidadores e profissionais da saúde que entram em contato com os pacientes.

Abaixo, compartilho algumas orientações (dicas), para juntos enfrentarmos a pandemia, preservando nossa saúde mental.

1) Evite ser refém de bombardeiro de informações

2) Limite a frequência de atualização

3) Pratique disciplina com as redes sociais

4) Preste atenção a suas necessidades básicas

5) Praticar manter-se consciente

6) Cuide dos mais vulneráveis

7) Seja empático com todos aqueles que são afetados

8) Não seja preconceituoso, principalmente com chineses ou asiáticos em geral

9) Não rotule as pessoas atingidas

10) Evite compartilhar mensagens maldosas de pessoas tóxicas

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