Ensino remoto na universidade

A UEM iniciou ontem o ano letivo por meio do ensino remoto. Tudo é muito novo para os docentes e alunos. Confira os desafios e as possibilidades apresentados por professores da universidade. 

Imagem/Internet

A Universidade Estadual de Maringá iniciou ontem (17) o ano letivo para 14200 alunos de graduação, por meio do ensino remoto. Por meio da Resolução 006/2020 -CEP, a UEM está denominando esse retorno às aulas de Ensino Remoto Emergencial, e os departamentos tiveram que se manifestar quanto ao quantitativo de disciplinas ofertadas de forma remota e justificar em relação àquelas que não podem ser ministradas nesse formato.

Diante da urgência e dos desafios impostos pela nova realidade, decorrente da covid-19, a Associação dos Docentes da UEM (Aduem) ouviu a opinião de alguns professores com o objetivo de aprimorar a reflexão acerca do ensino remoto na universidade, discussão que tem ocupado a cena na área da educação.

Para a professora Celene Tonella, essa resolução do CEP deixa muitas brechas para o efetivo compromisso de professores e alunos nessa modalidade, que o desafio se encontra na efetividade do ensino-aprendizagem.

“Tudo é muito novo para os docentes e alunos. Muitos não têm experiência no ensino a distância tradicional e as limitações ocorrem desde o aspecto de suporte tecnológico até os aspectos pedagógicos da eficácia e eficiência para atender turmas, às vezes, de 30 ou 40 alunos. Já ficou demonstrado que muitos alunos não têm acesso aos equipamentos adequados para acompanhar as disciplinas, mesmo que a UEM oferte os equipamentos, ainda será necessário ambiente adequado nas residências para esse acompanhamento. Fica penalizado aquele aluno de família com menor poder aquisitivo e com moradias mais precárias. No entanto, torna-se positiva toda a mobilização da comunidade acadêmica na busca de soluções”.

Professor Raymundo Lima também está contribuindo com essa reflexão e considera que, emergencialmente, as aulas remotas é solução possível e precária.

“Como professor, ainda me incomoda dar palestra ou aula para alunos com câmeras desligadas. Eu preciso do olhar de cada aluno. Também me incomoda dar aula sentado. Posso até ficar empolgado durante uma exposição remota, mas o efeito não é o mesmo que presencial. Há professores que se autoenganam que sabem lidar com a câmera, mas não sabem. Outra verdade: ninguém está interessado em qualidade de ensino pelo caminho das aulas remotas. Então é preciso trabalhar em aulas remotas, SIM, para não ser considerados vagabundos pelo governo em conluio com a sociedade. Eles não se importam com a qualidade do ensino, nem remoto, nem presencial. Eles não se importam se estamos realizando nossas pesquisas em época de pandemia, ou orientando alunos de mestrado e doutorado, compondo bancas à distância etc".

De acordo com dados da UEM, o calendário acadêmico da universidade iniciaria dia 6 de abril e foi suspenso devido à pandemia. As aulas seguem até 19 de dezembro, conforme o novo calendário acadêmico.

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