Ajuda natural

Michele Bravos - Gazeta do Povo

Foto: Gazeta
altCom o auxílio voluntário de um médico, a medicina natural tem ajudado uma comunidade carente de Curitiba no tratamento e prevenção de doenças.
Poderia não haver esperança, nem força para mudar uma realidade tão difícil quanto a dos bairros miseráveis das grandes cidades. Mas as famílias que moram na Vila Trindade, em Curitiba, foram “encontradas” pelo médico e homeopata Renato Pache há três anos e têm sido beneficiadas por meio da homeopatia, assim como também têm aprendido a fazer o uso adequado de plantas medicinais.

Pelas questões culturais brasileiras, tratamentos naturais são bem aceitos pela população. Sem falar que a ida de Pache à casa das famílias cria um vínculo próximo e de confiança. Geni da Cruz, moradora da Vila Trindade, tem pressão alta e diabete. Durante 17 anos, ela tomou remédios convencionais, mas segundo ela nada fazia efeito. Desde que começou a tomar as doses homeopáticas, há mais de um ano, ela sente que está sendo curada e diz que confia no tratamento.

As famílias de baixa renda são beneficiadas com a medicina natural, principalmente pelo preço mais acessível. Segundo Pache, os remédios homeopáticos chegam a ser de 30% a 40% mais baratos que os convencionais.

Mesmo assim, na Vila Trin­dade, a maioria das famílias não possui condição financeira para adquirir um remédio. Dez ou quize reais é muito para eles. Nestes casos, Pache doa os remédios e incentiva as famílias a cultivarem algumas folhas, como erva-doce, camomila, boldo e hortelã, para que possam fazer chás quando estão com algum problema. O chazinho da vovó e as receitas da mamãe não são crendices sem fundamento. Muitas dessas receitas têm efeito real. “O chá de boldo é bom para vesícula e para o fígado, já o chá de hortelã é indicado quando a pessoa está com vermes”, diz o homeopata. Geni tem dois pés de boldo no terreno de casa. Ela conta que conseguiu uma muda, plantou e sempre que está mal recorre ao chá.

Pache percebe que o companheirismo é algo forte na comunidade. Se uma mãe que não tem uma horta e precisa de uma folha para um remédio, facilmente ela consegue com vizinhos. Andreia Camargo, também moradora da Vila Trindade, diz que sempre que tem gripe pega com a vizinha erva-cidreira para fazer chá, com mel e limão. Pache confirma a eficácia da combinação.

O homeopata alerta para a necessidade de uma orientação médica, já que certas plantas podem ser prejudiciais. “O brasileiro tem mania de se automedicar. O chá de arruda é comum para tirar indisposição, mas não pode ser usado por gestantes, por exemplo. Ele pode provocar aborto.” No tratamento de crianças, a dose dos homeopáticos deve ser seguida rigorosamente.

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