História da menina que queria estudar as populações e os diferentes grupos sociais: professora Marivânia

Uma professora extraordinária: Marivânia Conceição Araújo do Departamento de Ciências Sociais da UEM. Conheça um pouco mais da história dessa professora e associada da Aduem

A homenageada deste último sábado do mês de outubro é a associada Marivânia Conceição Araújo. Uma carioca que deixou o Rio de Janeiro em 1997 para lecionar na Universidade Estadual de Maringá. Marivânia é filha de pai metalúrgico e mãe funcionária pública, a primeira de quatro irmãos a entrar para uma universidade pública.

Marivânia Araujo é professora do Departamento de Ciências Sociais, é a coordenadora do NEIAB/UEM - Núcleo de Estudos Interdisciplinares Afro-brasileiro, atua nas mídias sociais participando da luta antirracista sendo associada à ABNP - Associação Brasileira de Pesquisadores Negros.

A professora Marivânia iniciou sua carreira docente em Campo Grande, no Rio de Janeiro. Até iniciar o ensino médio, não sabia exatamente no que iria se formar, embora cultivasse no coração um desejo profundo de ser pesquisadora.

Ela conta que sempre quis estudar as populações, os diferentes grupos sociais. Por isso a escolha do curso de Ciências Sociais. No início, a docência não representava para ela uma profissão.

“O exercício do magistério significava mais uma missão que uma profissão para mim. Após começar a trabalhar na área é que fui entender melhor o valor desse serviço como profissão. E assim o magistério foi me conquistando e me escolheu. Sou feliz por ser professora. Gosto de dar aula. Sempre foi meu forte observar, ler e pensar sobre as coisas do mundo.”

A menina negra que saiu da periferia do RJ percebeu que a sociologia tinha mesmo tudo a ver com seu jeito de ser e de viver. E dessa forma foi sendo conquistada e escolhida pela carreira docente. De todas as preocupações compartilhadas com os colegas de profissão, ela confessa que a maior delas é com os educandos.

“Minha preocupação é que todos e todas tenham oportunidades iguais para avançar e alcançar os seus objetivos na vida. Que os jovens possam superar as dificuldades financeiras que os impedem, muitas vezes, de concluírem os estudos. Outra situação, é perceber que a comunidade está acometida por um racismo estrutural. E ter esse letramento racial é fundamental para que se possa entender porque há discriminação racial na nossa sociedade. Essa é minha luta, conclui a professora.

 

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